Murilo Braga - 1946

Murilo Braga - 1946

 

Murilo Braga de Carvalho nasceu em Luzilândia, no Piauí, em 08 de dezembro de 1912. Foi Diretor-Geral do Inep de 13 de fevereiro de 1946 a 28 de abril de 1952. Ainda adolescente mudou-se para o Rio de Janeiro onde estudou no colégio Pedro II. Ingressou na Universidade do Brasil (hoje, Universidade Federal do Rio de Janeiro) para cursar o ensino superior, graduando-se em Direito na turma de 1937. Em 1939, foi realizado um concurso para provimento de cargos técnicos para o Ministério da Educação e Murilo Braga estava entre os quatro primeiros aprovados, os quais foram designados para atuarem no Inep. Lourenço Filho, então diretor-geral do instituto, o designou para chefiar a Seção de Seleção e Orientação Profissional. Foi como funcionário de carreira do Ministério da Educação que, sete anos depois, em decorrência do processo de redemocratização do país, Lourenço Filho foi substituído por Murilo Braga de Carvalho, em 1946, e permaneceu à frente do Inep até a sua morte, em 1952, vítima de um acidente aéreo. Murilo Braga foi mantido no cargo por cinco ministros e dois presidentes, o que certamente foi reflexo de sua competência e de seu amplo conhecimento, bem como da importância do INEP no âmbito da execução das políticas públicas para a educação brasileira, naquele momento em que todos os esforços estavam concentrados na reconstrução nacional. Durante o mandato de Murilo Braga como Diretor-Geral do Inep, o governo federal planejava a interiorização da educação e o encarregou da missão de implantar escolas em todos os recantos do Brasil. Foi assim que, no ano de 1946, Murilo Braga elaborou o “Plano de Construção Escolar” e o Inep promoveu a construção de centenas de escolas na maioria dos estados brasileiros. Foi assim que, ao longo dos anos 1940, o Instituto conduziu o Programa de Educação Rural, que tinha por objetivos promover uma maior qualificação da mão-de-obra no campo, conter o êxodo rural e combater os altos índices de analfabetismo, através da expansão do ensino primário nas áreas rurais. Para tanto, Murilo Braga firmou convênio com as unidades federadas que deveriam construir prédios escolares com financiamento federal, segundo modelos fornecidos pelo Inep, nos quais as escolas tinham uma única sala de aula e uma casa para a professora.